sábado, 25 de fevereiro de 2012

A Terra dos Thai: Tailândia

Bangkok
 
A 1000Km/h, num ritmo alucinante, Bangkok apresenta-se como uma ilha de modernidade e tecnologia na Indochina, no entanto, os traços asiáticos mantêm-se presentes. Os carros voltam a dominar as estradas, deixando as motas para 2º plano. Pé ante pé, a recusar os “Tuc-Tucs ? “ constantes, em 4 noites e 5 dias sob um sol intenso, palmilhamos as ruas desta cidade cheia de vida.


 Ficamos alojados junto à famosa Khao San road que faz jus à sua fama. Por aqui podemos comprar de tudo. Desde roupa, comida (hambúrgueres, Kebabs, ou mesmo escaravelhos e grilos que acabámos por provar), telemóveis, MP3, diplomas ou cartões de identificação falsos (feitos na hora por menos de 5 Eur), e muito mais… Mas esquisito mesmo, é o facto de muitos Homens aqui em Bangkok se vestirem como Mulheres. E acreditem, conseguem enganar o olho mais treinado. Não entendemos bem porquê, mas a quantidade de travestis que vemos no dia-a-dia é incrivelmente elevada.


Khao San Road



Já sabemos onde é que o Sr com o nome de filósofo veio tirar o curso...
Alugamos bicicletas e “lutamos” contra o trânsito de hora de ponta. Durante umas horas pedalamos e suamos pelas ruas da capital Tailandesa. De vez em quando lá aproveitávamos a “boleia“ de um Tuc-Tuc e seguíamos agarrados, tais quais passageiros ilegais. Os condutores riem-se para nós. Por aqui toda a gente sorri. Percebemos que a boa disposição do Sudeste Asiático mantém-se como regra.

Bangkok é daquelas cidades onde encontramos praticamente qualquer coisa que queiramos comprar. Infinitas lojas de rua, centros comerciais enormes, e muitíssimos mercados, um dos quais, um dos maiores do Mundo, o Chatuchak, que só funciona aos finais de semana.


Os contrastes de Bangkok



A cadeia de lojas de conveniência “7 eleven” que normalmente marca presença nas cidades Norte-Americanas e Japonesas, está muitíssimo bem representada na Tailândia, com cerca de 4000 lojas. Em Bangkok, há praticamente uma loja por quarteirão… Fizémos questão de visitar muitas delas, umas vezes para comprar umas águas fresquinhas, outras só para usufruir do ar condicionado que nos dá uma mini-folga das temperaturas abrasadoras (para terem uma ideia hoje estão 37º C).

Um Lanche em casa da Avó Ana
Como em todas as grandes cidades, Bangkok também tem a sua Chinatown. Não pudémos deixar de visitar para matar saudades dos nossos “amigos” Chineses! É um bairro bem característico e dos mais movimentados da cidade.



Foi durante um passeio por estas ruas que descobrimos o “Ia Sae”, um dos cafés mais antigos da cidade. Aqui reúnem-se alguns dos habitantes séniores do bairro. Parámos para um “Black iced coffee” e foi então que experimentámos um sabor estranhamente familiar. O sabor leva-nos a Tires, a casa da avó Ana.


Seguimos para norte num autocarro nocturno de 10 horas para Chiang Mai. Escolhemos os lugares que davam para reclinar o assento mais fácilmente, mas mais tarde apercebemo-nos da má escolha que fizemos, o W.C. estava mesmo ali ao lado e o cheiro ia sendo pior e mais intenso à medida que as horas passavam…
Nesta viagem conhecemos um casal de alemães, o Fabian e a Nicole que estão a viajar durante 14 meses. Depois de 7 meses de América do sul, 1 mês de África do Sul iniciaram há pouco mais de um mês o percurso pelo Sudeste Asiático.
Chegamos a Chiang Mai e dirigimo-nos para a Julie Guest-house, a nossa morada das próximas 2 noites. Damos um passeio pela cidade com o Fabian e a Nicole e visitamos um templo onde temos a oportunidade de participar numa “Monk Chat”, uma conversa com monges budistas que assim têm oportunidade de praticar o seu Inglês, enquanto esclarecem os turistas em relação ao Budismo e a qualquer questão que possamos ter.
A conversa com os Monges revelou-se muito mais descontraída do que estávamos a contar. No nosso caso, éramos 5 pessoas a fazer perguntas a um Monge de 16 anos que nos esclareceu todas as dúvidas que colocámos.
Resumindo a nossa conversa, o Budismo tem duas vertentes, a Theravada e a Mahayana. Na Tailândia, o Budismo seguido é o Theravada.
Normalmente os jovens que se tornam monges, fazem-no porque os Pais assim o desejam, e não voluntariamente, como nós pensávamos. Os Pais assim o decidem, por motivos religiosos, ou, muitas vezes, porque deste modo os seus filhos têm acesso a uma educação que, a baixa condição monetária dos mesmos, não lhes permitiria dar.
Os Monges não podem tocar em mulheres (só na sua Mãe, e se esta estiver mesmo doente). A resposta do pequeno monge foi que se estes tocarem em mulheres, mais tarde durante a meditação vão estar sempre a pensar no quão agradável foi a sensação!
Não podem comer depois do almoço (ficam desde esta hora até ao pequeno-almoço do dia seguinte sem comer). De manhã, passam a recolher a comida que o povo lhes dá.
A relação que o povo Tailandês tem com os Monges é de um respeito admirável.
No final da conversa tivemos uma pequena introdução à meditação com aula prática incluída. Gostámos da experiência de pelo menos tentar não pensar e queremos aprofundar os nossos conhecimentos nesta área!

Turma  de meditação 2011-2012
No 2º dia em Chiang Mai, inscrevemo-nos num curso de culinária. Foi um dia muito bem passado a cozinhar e a comer… Começámos de manhã no mercado local a comprar os ingredientes para confeccionar os nossos pratos. De seguida fomos para a quinta nos arredores da cidade onde colhemos os restantes ingredientes. Aprendemos a confeccionar alguns dos mais típicos pratos da famosa cozinha Tailandesa: Caril, sopa de coco, Pad thai, Mango sticky rice entre outros. Simples, rápido de confeccionar, muitíssimo saboroso. A Ana Rita “construiu” pratos óptimos. O André “destruiu”...Vamos ver se em casa conseguimos por em prática o que aprendemos.
Os Chef's!
O André a tentar acabar a aula com 10 dedos

Caril, sopa de coco e "Mango sticky rice"
Visitámos em Chiang Mai, um dos templos mais sagrados da Tailândia, o Wat Suthep construído em 1383.  




De Chiang Mai seguimos para Chiang Rai. Por aqui vamos ficar uma noite, a nossa última noite na Tailândia antes de seguirmos para o Laos que está aqui mesmo pertinho (3 horas de autocarro).
A caminho da estação de autocarros
Ficam aqui mais umas fotos:


Condutor de autocarro em Bangkok ( o trânsito da hora de ponta vence qualquer um)


Lah Górn!!! (Adeus em Tailandês)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Cambodja (Parte 2)

A caminho de Siem Reap...

Siem Reap

A cidade que serve de apoio aos visitantes de Angkor Wat revela-se muitíssimo acolhedora e charmosa. De alojamento barato, com Internet, jogos de futebol diários de pé descalço, boa comida e pessoas simpatiquíssimas, como o povo Cambodjiano, sentimos que podíamos facilmente ficar aqui umas boas semanas. Nos primeiros dois dias aproveitamos para conhecer a cidade, parar um pouco para actualizar o blog e experimentar as famosas massagens do "Doutor Peixe"!

Negócio comum nas ruas de Siem Reap

 No 3º dia decidimo-nos por uma experiência que nos foi aconselhada vivamente. Acordar às 4h30 da manhã, alugar bicicletas e pedalar durante 45 minutos para ver o nascer do Sol em Angkor Wat. Assim o fizemos. Ainda ensonados, disfarçados na escuridão da madrugada Indo-Chinesa, seguimos os Tuk-Tuks carregados de turistas até ao nosso destino. O nascer do Sol por detrás da 8ª maravilha do Mundo é um espétaculo sem preço nem palavras. À medida que o Sol foi subindo, fomos olhando em volta e começámos a apercebermo-nos da enormidade que é Angkor Wat.  Diz-se que um dos primeiros europeus a ver os templos de Angkor foi o Português, António da Madalena, em 1586. Calculo que o Sr António tenha sentido que os 14 meses ou mais de viagem de barco tinham valido bem a pena, para testemunhar tal grandeza.
Os templos de Angkor são as maiores construções religiosas do Mundo. São templos incríveis, construídos no Séc XII ,  alguns dos quais ainda hoje são usados pelos monges budistas.





Anita a exploradora :)







Para nos despedirmos da boa surpresa que foi Siem Reap, passamos a última noite a visitar o mercado nocturno, onde acabamos por receber uma massagem nos pés durante 20 minutos, enquanto víamos um filme e comíamos um gelado, numa noite de 30º C. Tudo isto por 1.5 Eur a cada um. Sim, o sudeste Asiático é assim e ainda melhor…

Battambang
Antes de iniciarmos a nossa incursão por território Tailandês passamos por Battambang. Não tanto pela cidade em si mas sim pelos arredores, valeu a pena o desvio. Alugámos uma mota e partimos à descoberta.  



Escadaria de acesso ao Templo de Banan

Templo de Banan

O Cambodja é o país no Mundo com maior número de minas terrestres perdidas no solo.


Partimos para atravessar mais uma fronteira em direcção a Bangkok. Planeamos ficar cerca de 15 dias no norte da Tailândia, sair para o Laos e 10 dias depois voltar a entrar na Tailândia em direcção ao sul para visitar as famosas praias.

Partilhamos mais umas fotos.

Até breve!!!